Bem vindo ao novo Transumanismo.

09 Junho, 2018
O transumanismo é um assunto que desde os anos 1980 tem proporcionado conversas e "viagens" fantásticas ao futuro. Como ponto máximo do transumanismo estamos falando em imortalidade do ser humano, tornando-o além do humano (o transumano). Mas transumanismo também trata de upload de um cérebro em uma rede de computadores, eliminação de doenças, terapia genética, criogenia além de reversão do envelhecimento e prolongamento indefinido da vida, transformando a morte de uma pessoa em uma escolha e não mais em uma certeza inerente à natureza.
Neste artigo de Joi Ito, autor de Disrupção e Inovação: Como Sobreviver ao Nosso Futuro Acelerado (Whiplash: How to Survive Our Faster Future), ele trata desde o surgimento da ideia até os dias de hoje e das discussões filosóficas que se impõem sobre o assunto, visto que as questões técnicas de como se alcançar essa evolução estão mais próximas devido ao avanço de conhecimento científico sobre o funcionamento do corpo humano.
Mas nossos problemas não são exclusivamente técnicos. Se o fossem seria simples resolvermos as grandes questões da humanidade. Nossos problemas sempre envolvem moral e ética. E é nesse momento que a única ferramenta que temos para discutir este assuntos é a filosofia. O custo da próxima geração de sequenciamento de genes está caindo muito mais rápido do que previa a Lei de Moore para processadores. De muitas maneiras, a bioengenharia está se movendo mais rápido do que a computação. E como ficamos nestas questões? Trazendo para a questão do prolongamento da vida, ele será oferecido para os que terão mais dinheiro e para os mais pobres? Quais as consequências disso para os sistemas de previdência? E se um ditador qualquer quiser se manter vivo por mais tempo? Tornar as coisas tecnicamente possíveis nem sempre as torna socialmente possíveis ou mesmo desejáveis. Só porque podemos fazer algo não significa que devemos.
Alguns transumanistas argumentam que qualquer remédio ingerido para resolver um problema médico já é interferir na expectativa de vida e portanto também uma maneira de lutar contra a morte, assim como os procedimentos defendidos pelo transumanismo. A diferença entre eles seria apenas uma questão de gradação, maior ou menor.
São questões que nos inquietam e nos colocam a pensar sobre nosso futuro. Boa leitura.
O artigo completo está aqui na Wired.